O principal objetivo da fisioterapia é prevenir as alterações biomecânicas da espasticidade.
Há um repertório de intervenções como alongamento, fortalecimento muscular e uso de agentes físicos (como estímulos elétricos). Além disso, há o manejo de dor que, individualmente ou combinadas a tratamentos farmacológicos clássicos, promovem uma abordagem eficiente no controle das disfunções musculares. (Smania, 2010)
Seja manual ou instrumentado, o alongamento muscular ativo ou passivo auxilia na redução da hipertonia muscular e na manutenção da amplitude do movimento articular.
Vale destacar que as órteses podem ser utilizadas para manter os membros em posições que resistam às contraturas.
Realiza-se também exercícios com o objetivo de promover o ganho de massa muscular e o fortalecimento dos músculos espásticos e seus antagonistas. (Elbasiouny et al, 2010)
Além disso, o uso de estímulo elétrico transcutâneo (TENS, do inglês Transcutaneous Electrical Nerve Estimulation) no nervo tibial, dermátomos sacrais e na região do músculo espástico também demonstrou melhora de espasticidade nestes casos. (Smania, 2010)
Ainda não há evidências de que a fisioterapia atue na causa de base da espasticidade – a hiperatividade do neurônio motor inferior, devido à falta do controle inibitório central, decorrente da lesão do neurônio motor superior –, no entanto, tem papel fundamental na diminuição de complicações dela decorrentes.