O tratamento clínico da endometriose se presta ao alívio da dor e não é eficaz no tratamento da infertilidade.
Basicamente, realiza-se com anticoncepcionais que bloqueiam a ovulação e/ou a menstruação ou análogos ao GNRh (o hormônio liberador de gonadotrofina), que induzem uma menopausa química.
Qualquer desses tratamentos tem como objetivo diminuir a ação hormonal sobre os focos de endometriose. Com isso, diminui-se o processo inflamatório a sua volta e, consequentemente, a dor.
Como os tratamentos hormonais bloqueiam a ovulação, vale ressaltar que não são uma opção para mulheres que desejem engravidar.
Tratamento cirúrgico
Realiza-se o tratamento cirúrgico por meio da laparoscopia, um procedimento cirúrgico minimamente invasivo realizado através de pequenas incisões no abdome. Por uma incisão de 1 cm, dentro do umbigo, introduz-se uma microcâmera e, por outras três pequenas incisões, os instrumentos cirúrgicos.
Este tipo de procedimento permite uma visualização mais adequada dos implantes de endometriose. Além disso, o processo conta com a iluminação e amplificação da imagem que só a videolaparoscopia pode fornecer.
É essencial que a doença seja estadiada antes da cirurgia, por meio do exame ginecológico e neurológico, de ultrassonografia com preparo de intestino e/ou da ressonância magnética da pelve.
Por fim, o cirurgião deve entrar no procedimento com todo o planejamento cirúrgico em mente e já tendo discutido todas as possibilidades com a paciente. Em suma, o intuito é prover o tratamento mais radical possível da doença, dentro das expectativas de risco a que a paciente esteja disposta a submeter-se.